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Amazon, Magalu, Via, B2W ou Mercado Livre: Quem vai vencer a batalha da entrega mais rápida?

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Hoje vou falar aqui no mTrade sobre a grande guerra dos varejistas online brasileiros. A americana Amazon, Argentina Mecado Livre e as brasileiras B2W, Via e Magalu.

Vou tentar comparar as empresas de forma justa, começando com a B2W, dona do sites Americanas.com, Submarino, Shoptime, SouBarato e também detém o direito do uso da marca Blockbuster na internet. Foi fundado em 2006 com a fusão entre Americanas, Submarino e Shoptime. B2W Digital é uma empresa de capital aberto, presente na bolsa de valores brasileira.

A via é a dona das marcas casas Bahia, Ponto Frio (hoje Ponto), Extra.com.br e da fábrica de móveis Bartira. Foi fundada em 2010 e também é uma empresa de capital aberto.

Já a Magazine Luiza dona da marca Magalu, Época Cosméticos, Netshoes, Jovem Nerd, Estante Virtual, Canaltech, ComSchool,  AiqFome, Logbee e dentre outras. Foi fundada em 1957 em Franca no interior de São Paulo.

O MercadoLivre, é uma operação que está presente em 20 países, é o maior Marketplace da América Latina reunindo milhões vendedores. Foi fundada em 1999, na Argentina

E por último, a Amazon, empresa multinacional americana de tecnologia e varejista. Concentra serviços de computação em nuvem, streaming e inteligência artificial. É a maior vendedora virtual do Mundo. Foi fundada por Jeff Bezos em Julho de 1994 e a sede está localizada em Seattle, nos Estados Unidos.

Bom, vamos falar sobre o valor de mercado de cada uma delas. Começando da maior para a menor. A Amazon vale 9,5 trilhões reais, na sequência o Mercado Livre 426 bilhões, a Magalu tem 130

milhões de reais, a B2W 38 bilhões de reais e por último a Via com 19 bilhões de reais.

É óbvio que a Amazon, é um gigante ao compararmos com as demais. Isso se deve tanto pela sua atuação que não é focada apenas em e-commerce, mas também por causa do seu alcance mundial.

Amazon 

A Amazon chegou timidamente no Brasil em 2012, quando começou a vender o Kindle e livros digitais no país, e em 2014 expandiu seus negócios para edições físicas. Em novembro de 2017, a companhia deu início à segunda fase de instalação no país, ao abrir o Marketplace para lojistas venderem seus produtos.

O mercado observou os pequenos passos que a Amazon dava no Brasil por muito tempo. Agora, a gigante caminha a passos largos. Em novembro, a varejista anunciou a abertura de três centros logísticos no Brasil e elevou para nove o total de CDs no país.

A Amazon tem no Brasil, o Amazon Prime, programa de fidelidade da empresa, onde os clientes tem serviços de streaming e frete grátis em milhares de produtos, além de recebe os pedidos em no máximo dois dias úteis para mais de 400 cidades.

Segundo o Alex Szapiro, presidente da operação brasileira, a Amazon quer, estar cada vez mais estar próximo do cliente. Poder entregar em dois dias ou até mesmo em um dia suas compras.

Mercado Livre 

Seguindo os mesmos moldes das outras empresas, a varejista argentina, Mercado Livre, tem o maior sortimento de produtos no e-commerce brasileiro. Ela investe pesado na abertura de centros de distribuição. Só em 2021, serão aberto mais quatro unidades, totalizando dez centros.

O investimento faz parte do esforço da varejista argentina de fazer entregas em até dois dias para todo o Brasil. 

O trunfo do Mercado Livre é a modalidade Fullfilment, o que significa que a empresa gerencia o estoque dos vendedores – do armazenamento até a entrega. O Fullfilment atende 1.800 cidades brasileiras e chega a 80% da população. Com isso, o Mercado Livre consegue entregar 80% dos pedidos em até dois dias e 70% dos pedidos em até um dia.

Magazine Luiza

A Magazine Luiza usa as aquisições de empresas como um caminho para o crescimento. Só para ter noção, de 2020 pra cá, foram 17 novas aquisições, entre elas, CanalTech, Jovem Nerd, AiqFome, Estante Virtual, HubSales, Stoq, VipCommerce, SincLog, Hub Fintech e diversas outras.

A Magalu usa essas aquisições para estar mais próxima dos clientes. Por exemplo, a empresa usa suas mais de 1200 lojas como centro de distribuição, e assim, só se preocupa com a chamada “última milha”, um trajeto curto da loja até o destino final e ai, usa a Logbee (empresa adquirida) para fazer as entregas. 

A Logbee foi comprada em maio de 2018 e é a encarregada dessa última etapa da entrega. Com a integração da startup, 40% dos pedidos do e-commerce da empresa chegam em até 24 horas à casa dos consumidores. 

“Essa integração físico-digital é fundamental para que a engrenagem funcione como o planejado e dê o melhor resultado possível”, diz o balanço da empresa no terceiro trimestre de 2020. 

B2W

A B2W é a segunda varejista com maior número de centros de distribuição. A empresa já tem 21 desses galpões distribuídos por 11 estados brasileiros. Assim como já faz o Mercado Livre, a B2W já recebe produtos de terceiros para entregar a partir de seus centros de distribuição. 

“Conectamos no nosso site milhares de lojas físicas locais de lojistas, para ajudar o pequeno comerciante a entregar em até três horas no endereço de desejo do cliente”, explica Leonardo Rocha, head de Marketing da plataforma digital Americanas

Além dos centros de distribuição, a B2W pode contar com 1.700 lojas físicas da Americanas e mais de duas mil lojas de parceiros. A empresa ainda tem entregadores conectados à plataforma Ame Flash, que possibilita a entrega em até duas horas e já atende mais de 700 cidades brasileiras. 

O objetivo da B2W é garantir entregas em até 48 horas para mais de mil municípios. 

Como anunciado nos últimos dias, ela trabalha agora na integração operacional das Lojas Americanas com o sistema B2W.

Via Varejo

Por último, a dona do Ponto Frio (Ponto), Casas Bahia e Extra.com segue o modelo do Magazine Luiza, usando suas lojas como mini centros de distribuição, mas está um pouco atrás nessa estratégia.

Menos da metade das 1,1 mil lojas são usadas para a logística do e-commerce. Porém, pelo menos 50% das entregas já passam pelas lojas antes de chegar à casa do consumidor. 

Como disse o COO da Via Varejo (hoje simplesmente VIA), Abel Ornelas, a empresa continua avançando com os mini-hubs com foco na “última milha”. Hoje estão trabalhando na gestão da cadeira logística mais eficiente e inteligente para atender o cliente da melhor maneira.

De qualquer forma, a empresa ainda é líder em centros de distribuição, operando 27 desses galpões espalhados pelo Brasil. 

Outro trunfo da Via Varejo foi a compra a ASAPLog, empresa de logística especializada em e-commerce que tem uma rede de entregadores autônomos. Foi o investimento da companhia na última milha. 

Mais de 90% das entregas operadas pela empresa de logística são feitas em até 24 horas, segundo a Via Varejo. Vale ressaltar que a ASAPLog ainda opera pedidos de outras empresas no e-commerce. 

Bom, quem vai sair na frente, eu particularmente não sei. Mas que a briga entre esses gigantes está boa, ninguém tem dúvida.

E o melhor, com a concorrência acirrada, quem sempre sai ganhando é o consumidor.

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