Você já parou para pensar a quantidade de tempo que perdemos na sala de aula, supostamente estudando coisas completamente inúteis que provavelmente nunca iremos usar em nossas vidas?
O sistema de ensino convencional que submetemos nos dias atuais, foi criado na época da revolução industrial, há mais de 200 anos, no qual se precisava formar/criar mão de obra para se trabalhar nas indústrias.
Uma época onde o acumulo de informação era completamente necessário e essencial. Uma época que condiz com o argumento de muitos “especialistas” que defendem a idéia de que “estudo e conhecimento nunca é demais”.
Mas isso não é verdade. Nos dias atuais, todos nós estamos há um clique de distância de qualquer tipo de informação, basta ter um computador ou celular conectado à internet e pronto, a informação que desejar está na sua frente. Sem a necessidade de recorrer a uma biblioteca para pesquisar informações essenciais de determinado assunto.
Logo, a escola não deveria ser um local para acumulo de informação, não deveria ser um local para se decorar matérias inúteis, apenas para tirar boas notas nas provas e “passar de ano”. A escola deveria ser um lugar onde você aprenda a pensar, aprenda a raciocinar, aprenda a desenvolver conhecimentos e habilidades que sejam úteis para a sua vida.
Os melhores alunos da sala de aula, aqueles que tiravam boas notas, que decoravam toda a matéria, não necessariamente são os mais bem sucedidos na vida e não necessariamente serão aqueles mais bem preparados para resolver os problemas reais da vida.
Urgentemente, as escolas tem que se atualizar. Elas têm que tirar os alunos da caixa preta, onde são meros consumidores passivos de informação, onde ficam à frente de um professor ruminando tantas informações desnecessárias e colocar em um sistema mais dinâmico e eficiente.
Segundo INAF, estudo feito pelo Ibope Inteligência, desenvolvido pela ONG Ação Educativa e pelo Instituto Paulo Montenegro, três em cada dez jovens e adultos de 15 a 64 anos no País – 29% do total, o equivalente a cerca de 38 milhões de pessoas são considerados analfabetos funcionais. Ou seja, têm muita dificuldade de entender e se expressar por meio de letras e números em situações cotidianas, como fazer contas de uma pequena compra, identificar as principais informações em um cartaz de vacinação ou identificar sarcasmo e ironia em uma frase curta, por exemplo. Quer uma prova melhor do que essa de que o sistema de ensino atual é incompetente???
Passamos mais uma década esquentando a cadeira das salas de aula sem sequer aprender o mínimo das regras do jogo da vida real. Aprender a lidar e gerenciar o seu dinheiro, aprender formas de investimentos, maneiras de se criar uma aposentadoria mais eficiente e não ficar dependendo da “fornecida pelo governo”. Porque não aprendemos sobre empreendedorismo, direito do consumidor, direito civil, programação, primeiros socorros, oratória, mecânica, economia doméstica, inteligência emocional e etc???
Não estou falando que física, geografia, biologia e conhecimentos gerais de uma forma geral não é importante, muito pelo contrário. Só estou dizendo que a forma que isso é passado nos dias atuais não tem funcionado e tem que ser mudado urgente.